segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dor

Magoa-me sentir que ninguém
deseja a minha companhia.
Fazer-me rir, não existe quem
o queira, estar comigo não é uma ideia.
Se me sinto triste vai aparecendo
quem me tente, de alguma forma, ajudar,
mas, o dia vai crescendo
e ninguém acaba por me alcançar.
Sinto muita falta de contacto.
Daquele toque suave, gentil, feminino...
Mas sempre me retraio e fujo com o meu tacto
porque, senão, depois sinto-me como um menino
a quem lhe roubaram um doce e, isso, é um facto.
Nunca o meu corpo me doará tanto
como a minha alma e o meu coração me doem.
Nada me faz conseguir conter o pranto,
nada me faz esquecer as dores que me moem.

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