sexta-feira, 11 de maio de 2012

O beijo que não dei
um gosto amargo me deixou.
Talvez porque não beijei
a minha boca amuou.
E assim fiquei...
Paralizado, estupefacto, estagnado...
...porque entre teus braços o tempo parou.
Talvez por não ter beijado
ainda lá estou.
Esse beijo de que fugi
agora me persegue.
Um sonho. Um pesadelo. Uma realidade
que não vivi.
Que ela não me negue.
Porque morto de saudade,
sem ti,
que o sonho me albergue.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Viva o rei sem coroa!
Seu corpo enterrado
enquanto sua mente voa.
Aprisionado
em seu sono,
e em seus sonhos,
nem de si é dono.
É refém de pesadelos medonhos
que, em unísono,
o matam, o moem.
Não se acabam. Não se destroem.
Apenas o corroem...
E, pouco a pouco,
vai-se sentindo mais e mais oco.
Tão lindo... tão louco...
Viva o rei sem coroa!
Prestai vassalagem
a essa arte tão boa
de fingir que não se tem bagagem.
De fingir que se é um todo.