segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hoje, uma velhinha virou-se para mim e disse
que "Isso de fazer rimas é coisas de tolos!"
Eu, irado, respondi-lhe "Eu quero é bolos!"
A velhinha esbugalhou tanto os olhos...como se visse
algum demónio ou o Diabo, e pisgou-se.
Deve ter ficado a pensar
"Aquele é maluquinho! Passou-se!"
Mas não me senti capaz de lhe explicar
que é raro ser a cabeça a mandar
nisso do rimar
e muito mais comum
serem a alma e o coração
a fazerem-me mexer a mente e a mão.
E eu que até acredito não ter espírito nenhum...
Não sei, de facto, explicar
como os sentimentos
me fazem recordar
palavras que nem uso.
Enchem-me de fragmentos
duma gramática em desuso,
porque, pouco tenho coragem para dizer.
Imaginações adversas
acabam por me deter,
porque, a maioria das conversas
acabo por só na mente as ter.
Enfim, acabei por ficar um pouco chateado.
Podia ter sido mais educado
com a velhinha.
A senhora fez-me perder a cabecinha
mas a culpa, no fundo, é só minha.
Não soube manter a calminha...
Ser tolo, ou parvo, não me ofende
e a coscuvilhice dos outros não me surpreende.
Acho que foi a sua falta de sensibilidade
(ou o meu excesso dela) o que mais que me incomodou.
No final das contas, a verdade
é que até gosto de ser como sou.
Por isso, desculpe e obrigado!
Deu-me muito em que ponderar.
De bom grado
estas minhas rimas lhe estou a dedicar.

Os "Momentos kodak" dos transportes públicos
(e das suas paragens) ficam para a vida toda! São pedagógicos!
São únicos!
São épicos...


...ou então não.

Music box @ my mind box

Queens of the Stone Age - The fun machine took a shit and died (Live)

Ramstein - Du hast (Não sei porquê mas andei a manhã toda com esta música na cabeça)

Digitalis - Memento (Suncatcher Remix)

Soltas

"Hay que endurecer-se. Pero sin perder la ternura jamás." - Che Guevara

"We're all in the gutter, but some of us are looking at the stars." - Oscar Wilde

"Give every man thy ear, but few thy voice." - William Shakespeare

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Abraçado

Adormeci abraçado
mesmo sem ninguém do meu lado.
Abracei-me para imaginar
aquele por nós dado.
Apertei-me para recordar
aquele doce bocado
em que me senti tão deliciado,
em que me senti tão aconchegado...
Sentia que ao céu tinha chegado.
Ínfimos segundos do passado
que hoje estão comigo em todo o lado.
E adormeci assim,
com o rosto rasgado
por um sorriso sem fim.
Hoje sou encontrado
nesse estado,
com um gigante sorriso esboçado.
Obrigado por me teres perdoado
aquele desabafo desesperado.
A tua doçura com sabor achocolatado
e a tua compreensão deixam-me espantado.
Não percebo porque o teu namorado
não se sente extasiado
ao por ti ser amado.
O pouco que por ti me é dado
já é muito, é suficiente para me deixar contentado.
Tanto ar suspirado
ao lembrar quando por ti fui apertado...
Mas não ligues demasiado
a este pensamento por mim pensado,
a este texto por mim rimado.
Quero-te feliz, mesmo que não a meu lado.
Hoje estou-me nas tintas se ficar sozinho é ou não o meu fado,
não me consigo sentir frustrado.
Hoje nada me rouba este sorriso aparvalhado,
não consigo ficar stressado,
nem mesmo por ter chegado
ao trabalho muito atrasado,
porque estou tão electrizado
que fiquei acordado
um bom bocado
a pensar no que tínhamos conversado.
Mas não me sinto cansado,
deixaste-me tão inspirado
que não conseguia desligar o pensamento versado.
Hoje sinto-me iluminado,
não me consigo sentir angustiado.
E tudo porque, por ti, fui abraçado.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Eclipse

O meu mundo anda eclipsado.
Na escuridão profundamente mergulhado.
O meu optimismo anda perdido,
anda às cegas, como eu, e anda esquecido.
Não me acha, não se cruza comigo.
É como se estivesse num quarto escuro de castigo.
Até temo que se esqueçam que eu existo.
Ando angustiado com tudo isto.
Entre tantas trevas já nem eu me encontro.
Já não tenho forças para nenhum recontro
enquanto estiver neste estado.
Cego, surdo, mudo e tão fatigado...
Não encontro luz em nenhum lado,
já nada me seduz nesta situação.
Não encontro uma saída desta escuridão
e nesta negrura se vai afogando o meu coração.
Nem sol nem lua me iluminam a alma,
este negrume leva-me a calma
e nestas trevas nada me acalma.

Vai-te lá embora eclipse
antes que ao meu universo chegue o apocalipse.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Incompleto

Sinto-me oco
e não é pouco!
Tantos berros na mente
a ecoar constantemente...
Até já tenho o cérebro rouco!
Sou mesmo louco...
Sinto um vazio em mim
e não lhe consigo ver o fim.
Sinto-me fraco
com este buraco.
Eu não sei o que fazer
para o preencher.
Não sei se aguento
mais este tormento.
...
Será que dá para preenche-lo com cimento?
Acho que para sempre ficarei sozinho
e até sei porquê...
Porque quem realmente sou ninguém vê.
Ou talvez vejam
e, simplesmente, não me queiram
no seu caminho.
Porque me recuso a fingir
ser quem não sou,
nem para agradar
a alguém por quem algo possa sentir.
Bem assim não estou
mas também não vou mudar.
Não me vou prostituir!
Os meus ideais eu não vou trair!
Porque não pareço contente
quando me sinto infeliz,
que é quase constantemente
porque nunca ninguém me quis
nos seus braços e na sua cama.
Por mim ninguém se apaixona e ninguém me ama.
Porque isso, somente,
também não seria suficiente.
O egoísmo inexistente
não me permite pensar de maneira diferente!
Nunca seria eu capaz
de ter uma relação
com alguém que me ame mas não
reine o meu coração.
Que vida de cão...
Que tormento me é encontrar paz
quando não tenho um abrigo,
um refúgio amigo,
com quem possa trocar carinho.
Oh! Pára! Cala-te! Maldita cabeça em desalinho!
Não me considero um poeta
mas, acredito que, de poeta, tenho coração.
Isso faz de mim um poeta? Não sei, não...
Só sei que não sou rei nem sou profeta.
Algumas mulheres já eu amei,
mas, tão poucas alcancei.
E as que consegui!? Oh que desilusões!
Tantas vezes incendiado por ardentes paixões... 
Se começasse a falar disso agora
tecia tantas linhas de texto pela noite fora
que enchia tudo de novelos...
Saía daqui com uma dor nos cotovelos...
Cá estou e ando,
de quando em quando,
constantemente a tresvariar.
Eu vou-me mas é deitar...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sonha dor

Um sonho eterno
é o meu mundo em desgoverno.
Um sonho do qual, penso, não acordarei
porque à realidade não me agarrei.
Ainda era eu pequenino,
um magríssimo menino,
já sonhava mais do que vivia,
mas não chorava mais do que me ria.
Sonhava muito com conversas que nunca tive.
Frases controversas que na mente retive,
porque, mesmo antes de tentar, desisti.
Imaginei felicidade porque só tristeza vi.
Ainda hoje sou assim.
A imaginação navega sem fim
mas quando pára acabo sempre afogado.
Na realidade eu não navego e nem nado!
Por isso sonha, minha dor...
Transforma-te em alegria, por favor!
Esquece a realidade!
Vem para o sonho, tão melhor que a verdade!
No sonho, é certo, arranjo alguém para me amar.
Romances com que sonho na realidade só me fazem chorar.
No meu mundo de sonho é que eu quero ficar.
Lá a tristeza não me vai alcançar.
Ó meu mundo de fantasia!
Vem cá para a luz do dia!
Todas as tuas cores se desvanecem
e todos os tons de cinzento enegrecem
o meu mundo de verdade
sempre que acordo para a realidade.
Ando tão fatigado
que já nem escrevo nada acertado.
Só escrevo coisas confusas
e só sobre estas tristezas intrusas.
Entre tanto sonho e pesadelo
eu já nem consigo dormir...
Anda lá, uma vez na vida, sê um modelo
da realidade para não ter que dela fugir.

Music box @ my mind box

Hoobastank - Running away

Queens of the Stone Age - I never came

Infected Mushroom - I wish (Skazi remix)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Insónia

Não consigo dormir,
não consigo descansar.
Sinto um insuportável mau-estar,
sinto a mente a ruir.
Não consigo, simplesmente, desligar.
O infindável tempo continua a passar...
Eu e o tecto até já somos amigos íntimos.
Malditos desgostos ínfimos...
Passo horas deitado,
mas, não consigo adormecer.
O tempo passa e eu acordado...
Tanta coisa fico a remoer:
Os erros que teimo em cometer;
As alegrias de que tenho saudades de viver;
O que não tenho coragem para fazer;
Tudo o que em nunca vou crer;
Tudo o que nunca vou ser;
Tudo o que nunca vou ter;
Tudo o que me tira a vontade de viver.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O vento frio que me gela a mão
é incomparável ao que sinto no coração.
Como um buraco negro, suga-me a luz.
Agora, já nada me seduz.
Gostava de me deixar encantar
por todas as mulheres mas, azar
dos azares, só tenho olhos para uma.
Temo a direcção para onde a minha vida ruma
porque desespero ao pensar
que nunca encontrarei alguém para me amar...
Porque me é insuportável viver
solitário e carente, sem ter
alguém com quem a vida partilhar...
Não quero esta viajem sem alguém para me acompanhar.

Music box @ my mind box

Void - Junkie

System of a Down - Lonely day

Queens of the Stone Age - River in the road

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Querido Pai Natal,
este ano decidi escrever-te
porque acredito que me portei mal
e temo que, de mim, vás esquecer-te.
Preciso urgentemente
de algo que ninguém me pode oferecer.
Necessito uma amnésia rapidamente,
preciso de ajuda para esquecer.
Tenho alguém na minha vida,
alguém de quem gosto muito
mas, ando com a cabeça perdida
e, nalguns dias, até desejo estar defunto.
Ela enche-me de confiança
mas, ao mesmo tempo,
esvazia-me a esperança.
Sinto que, isto, mais eu não aguento...
Quero esquecer quem sou.
Não quero nem lembrar como me chamo
porque não consigo esquecer aquela que amo.
Não consigo viver sem o lugar onde nunca estou...
No seu abraço, onde tanto desejo morar...
Quero esquecer as dores que me fazem chorar.
Não quero mais sentir este furacão dentro de mim.
Por favor, dá-me uma amnésia sem fim.
O meu aniversário está a chegar.
Se puderes, faz lá este extra e vem-me ajudar.
Não sei se me aguento até ao Natal
a sentir-me este imperfeito anormal...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Homem Invisível

O homem invisível antes de o ser já se sentia.
Até que começou mesmo a desaparecer um dia!
Olhava-se ao espelho mas não via ninguém
e, por isso, partiu em busca de alguém.
O homem invisível deseja que o encontrem,
anseia rever-se dentro do coração de outrem.
Mas ele não faz ideia o que deve fazer
para que ela o consiga sentir e o consiga ver.
O homem invisível apaixonou-se.
Num homem atormentado tornou-se.
Obcecado com que ela o que queira ver e o sinta,
desesperado que ela lhe fale mas nunca lhe minta.
O homem invisível quer sentir o seu toque,
mas, quando lhe toca, sente como que um choque.
Ele foge da dor, de que tanto estava a gostar,
porque fica com medo de nunca mais a largar.
O homem invisível quer que ela o veja.
Não sabe o que fazer e, então, graceja.
Mas ela não se ri, ela não o ouve.
Ela olhou à volta mas, que ele existe, nunca soube...
O homem invisível começou a desesperar.
Não sabe o que fazer para ela o amar.
Não sabe o que fazer para ela o ver.
Só sabe o que é não ter e, mesmo assim, perder...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dor

Magoa-me sentir que ninguém
deseja a minha companhia.
Fazer-me rir, não existe quem
o queira, estar comigo não é uma ideia.
Se me sinto triste vai aparecendo
quem me tente, de alguma forma, ajudar,
mas, o dia vai crescendo
e ninguém acaba por me alcançar.
Sinto muita falta de contacto.
Daquele toque suave, gentil, feminino...
Mas sempre me retraio e fujo com o meu tacto
porque, senão, depois sinto-me como um menino
a quem lhe roubaram um doce e, isso, é um facto.
Nunca o meu corpo me doará tanto
como a minha alma e o meu coração me doem.
Nada me faz conseguir conter o pranto,
nada me faz esquecer as dores que me moem.
Paralizado pelo desespero estou,
por este sentimento que já tanto me magoou.
Então, ponho-me a pensar:
Tantos sonhos e pesadelos na mente a girar...
Tantos desejos e receios no peito a bater...
Tantos nervos no corpo a tremer...
Tantas lágrimas no rosto a fluir...
Desejo ficar e desejo partir...
Quero ser e deixar de ser...
Não faço ideia o que fazer.

Music box @ my mind box

Queens of the Stone Age - In the fade 

Jace Everett - Bad things

Astral Projection - Dancing galaxy

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Delírio

Falha-me a compreensão
se é uma benção
ou uma maldição
este mau estar que impera o meu coração.
Os sentimentos
rasgam-me a alma,
tal como as nuvens rasgam o céu,
e obstruem-me as ideias,
que crescem como rebentos
e que me drenam a calma
e me fazem delirar com o teu
som, como o cantar das sereias.
Cada dia que passa sinto-me mais desordenado,
mais extasiado, mais dividido, mais "doidinho"...
Qualquer dia acordo e já só sou um bocadinho
porque os outros fugiram sem deixar recado:
Uns de ti, porque sou muito medroso;
Outros em busca de ti (também consigo ser corajoso);
Alguns de mim, porque já não tenho paciência para os meus defeitos...
Tanto pensar, tanto acobardar, tanta decência...
Tanto suspirar, tanto chorar, tanta carência...
Tantas famas e nenhuns proveitos...

Soltas

"...You see, this isn't about sex or compulsion or any of our other tricks. She has to want to be with me, on her own terms..." - "The Vampire Diaries"

"Music with dinner is an insult both to the cook and the violinist." 
 - G. K. Chesterton

"Nunca é tarde para se ter uma infância feliz" - Jorge Palma
Como pode este sentimento se desvanecer
se quando, todos os dias, vejo o teu nome,
sinto no coração uma fome,
um aperto, por ele não te ver.
Então, domina-me uma pancada,
como comprar S's para comer.
Mas, não serve de nada!
Só a incerteza acabar por me encher...
Odeio imaginar-te triste ou não contente
e o mundo dificilmente me será belo
enquanto ponderar constantemente
se andarás com um sorriso amarelo.
Vem comigo minha deusa, minha princesa,
para te mostrar como o mundo pode ser bonito.
Com toda a certeza verás parte da sua beleza
e, nisso, com todo o meu ser eu acredito.
Sei que não tens muita fé em ti
tal como eu não a tenho na minha pessoa.
Por isso, uma proposta fica aqui:
Tu acreditas em mim e eu acredito em ti!
Diz lá que não é uma ideia boa!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Soltas

"Camouflage is nature's craftiest trick" - "Dexter"

"I wanted to change the world. But I have found that the only thing one can be sure of changing is oneself." - Aldous Huxley

" Três coisas não podem estar escondidas por muito tempo: o sol, a lua , e a verdade." - Buddha

Music box @ my mind box

Alexi Murdoch - Breathe

Queens of the Stone Age - Running joke

Talpa - Trust no goblin

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quem sou eu?

Quem sou eu?
Isso gostava eu de saber...
Sou como um Romeu
sem Julieta, morto por não a ter.
Sou alguém que está vivo, mas a morrer,
alguém que já se encontrou e já se perdeu.
Sou alguém com vontade de ser tudo o que pode ser,
mas quem eu sou não sei eu...
Sei que não sou de desejar fama,
nem de ambicionar riqueza,
mas sei que gostava de coleccionar na minha cama
toda a sua beleza...
Sei que quero tudo o que ninguém me deu,
mas que quero merece-lo e ganha-lo por mim.
Sei que quero encontrar felicidade sem fim,
mas quem eu sou não sei eu...

Music box @ my mind box

Jason Walker - Down

Depeche Mode - Enjoy the silence

Void - 3rd dimension (GMS remix)
Vai pela florida estrada,
minha querida amada.
Deixa-te encantar pela fragrância das flores,
e enfeitiçar pela magnificência das suas cores.
Não vás nessa jornada sombria!
Por essa via tão escura e fria...
Deixa que a minha chama te acenda o pavio
e que ela te ilumine o teu caminho.
Deixa que o meu carinho te preencha o vazio
e que te seja um refúgio neste mundo em desalinho.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Music box @ my mind box

Talpa - Still dreaming

Skazi - Rock & Roll

Skazi - Hit and run
If you think it's this rage
that makes me strong
you're no sage
because you're wrong.
This evil
only makes me feeble...
It's my desire
to warm her soul
with my hot fire
that fuels me. That's the role
I truly wished to obtain.
In there lies the strength that I gain.
Even if I can't be hers
she makes me dream...
Whenever I start writing a verse
brighter the world will seem
because, even if she's not the one for me, 
a sweet and dear muse she'll forever be.
So, I will channel this strength
to better myself. 
Ater all, it wasn't meant
to be kept in a shelf.
I don't know how my life will be tomorrow
and I don't know how it will be in six months
but I do know I want to live it without sorrow.
I want real life action! No more stunts...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Music box @ my mind box

Queens of the Stone Age - Suture up you future (Live acoustic)

Hoobastank - To be with you

Talpa - Back to dreaming
I'm going to take what I like in me
and what I admire in everyone else,
I'm going to craft someone better to be.
I'm going to start changing myself.
I'm not going to waste another month.
I'm not going to waste anymore time,
I know there's alot that I want
and can't have, but that's fine.
If dreams were so easy to make true
they'd be realities, and sky and sea wouldn't be blue...

domingo, 1 de novembro de 2009

Music box @ my mind box

Queens of the Stone Age - Waking on sidewalks

Sam the Kid - Poetas de karaoke

Talamasca - Cancer
Aqui vem uma história da nossa cidade,
Lisboa, a nossa capital,
e garantimos que tudo é verdade,
mesmo que não acreditem em tal.
Lá vivem uns rapazes
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.
Começamos pelo Abreu,
bom amigo, digo-o eu.
Charros bem os sabe fazer
mas é marado e já viu um charro a correr.
Logo atrás vem o Parente
que também enrola para o pessoal.
É bom amigo, diz a gente,
mas não sabemos o que dizer de mal.
De seguida vem o Zézinho
que tem a sua apaixonada,
ela deixa-o todo atrofiadinho
mas ele merece bem o amor da sua amada.
Lá vivem uns rapazes,
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.
Depois temos o André
que tem um grande motão.
Ele tem a mania que anda bué
mas está sempre a cair para o chão.
A seguir temos o Marquinho
que é um grande charrado,
ri-se que nem um maluquinho
porque fica atrofiado.
Não esquecendo o Ventura
que anda sempre fechado em casa
pois tem uma grande abertura
e, quando chega a hora, ele dá o baza.
Lá vivem uns rapazes
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.
O David e o Miguel juntos estão sempre
e têm a mania que bem sabem cantar
mas não cantam como a gente
e a ratada lhes estamos a dar.
O Moto-Rato, amigo do coração,
viajou para outro lado
e, armado em espertalhão,
acabou a embalar salmão fumado.
Para o final deixámos o Ruben
que, de todos, é o pior.
Tem os neurónios cheios de ferrugem
e a fazer merda é o maior.
Lá vivem uns rapazes
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.

Ontem andava a vasculhar as minhas tralhas e encontrei esta canção, que escrevi com a ajuda de alguns dos mencionados (e o Abreu era o guitarrista de serviço). Foi escrita, mais ou menos, há 9 anos atrás, se a memória não me falha.