Viva o rei sem coroa!
Seu corpo enterrado
enquanto sua mente voa.
Aprisionado
em seu sono,
e em seus sonhos,
nem de si é dono.
É refém de pesadelos medonhos
que, em unísono,
o matam, o moem.
Não se acabam. Não se destroem.
Apenas o corroem...
E, pouco a pouco,
vai-se sentindo mais e mais oco.
Tão lindo... tão louco...
Viva o rei sem coroa!
Prestai vassalagem
a essa arte tão boa
de fingir que não se tem bagagem.
De fingir que se é um todo.
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domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 24 de setembro de 2011
Mementos
Ontem recuperei um fragmento
d'um esquecido momento.
Ontem sonhei com o passado.
Vi um menino de burro amarrado.
Numa carruagem do metro sentado
olhava através do vidro a seu lado.
E ele parecia muito triste
mas, na verdade, não o estava.
Com o que na sua vida não consiste
já ele muito sonhava.
Aquele menino acreditava
que, para o seu anjo o encontrar,
ou uma cara triste esboçava
ou o anjo não saberia quem salvar.
Ele tanto o praticou
que mestre se tornou.
Mas o anjo não chegou
Não o salvou.
E o tempo passou
O mestre do triste
sua vida continuou
Que o anjo não existe
até ele já acreditou.
Mas ontem lá se lembrou...
Será que tenho de o salvar?
E nasceu algo para acreditar
d'um esquecido momento.
Ontem sonhei com o passado.
Vi um menino de burro amarrado.
Numa carruagem do metro sentado
olhava através do vidro a seu lado.
E ele parecia muito triste
mas, na verdade, não o estava.
Com o que na sua vida não consiste
já ele muito sonhava.
Aquele menino acreditava
que, para o seu anjo o encontrar,
ou uma cara triste esboçava
ou o anjo não saberia quem salvar.
Ele tanto o praticou
que mestre se tornou.
Mas o anjo não chegou
Não o salvou.
E o tempo passou
O mestre do triste
sua vida continuou
Que o anjo não existe
até ele já acreditou.
Mas ontem lá se lembrou...
Será que tenho de o salvar?
E nasceu algo para acreditar
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Tento viver um dia
depois de um dia,
mas não consigo.
Ai tempo! E eu que te achava amigo...
Sento-me numa sala vazia
onde o meu amor jamais caberia
e deixo-o à porta.
Ai cabeça! Que és tão torta...
Desconhecendo o futuro vizinho
vou apreciando estar sozinho
e vou fazendo girar o meu moinho.
Ai que mentirosas verdades!
Que dolorosas saudades
das horrorosas beldades
que, temo, não me temem...
E, mesmo que vá ao extremo,
cenas não acontecem.
E coisas obscenas nesta tola
não se acometem.
Apenas me derretem,
com um fervor ardente
que me assola o peito,
me recusa uma linha de pensamento direito
e me usa para meu desproveito.
Ai mente dormente!
Pára de me fazer frente,
que eu fico sem jeito...
depois de um dia,
mas não consigo.
Ai tempo! E eu que te achava amigo...
Sento-me numa sala vazia
onde o meu amor jamais caberia
e deixo-o à porta.
Ai cabeça! Que és tão torta...
Desconhecendo o futuro vizinho
vou apreciando estar sozinho
e vou fazendo girar o meu moinho.
Ai que mentirosas verdades!
Que dolorosas saudades
das horrorosas beldades
que, temo, não me temem...
E, mesmo que vá ao extremo,
cenas não acontecem.
E coisas obscenas nesta tola
não se acometem.
Apenas me derretem,
com um fervor ardente
que me assola o peito,
me recusa uma linha de pensamento direito
e me usa para meu desproveito.
Ai mente dormente!
Pára de me fazer frente,
que eu fico sem jeito...
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Ser poeta
Todos somos o poeta,
porque todos procuramos
alcançar a mesma meta.
Todos nós amamos
a bela harmonia
que nas palavras encontramos,
tal como entre a noite e o dia.
Todos nós desejamos
a mais doce sinfonia
entre corpos, mentes e almas.
Todos queremos sentir essa magia,
e a esse espetáculo bater palmas,
celebrando, cheios de euforia,
cheios de emoção e de energia,
o amor pela vida,
por toda e qualquer via.
Todos procuramos
duas semelhantes vibrações,
quer as sintamos
com um só sentido,
ou também com os corações.
Todos rimamos.
Somos poetas de fusões.
porque todos procuramos
alcançar a mesma meta.
Todos nós amamos
a bela harmonia
que nas palavras encontramos,
tal como entre a noite e o dia.
Todos nós desejamos
a mais doce sinfonia
entre corpos, mentes e almas.
Todos queremos sentir essa magia,
e a esse espetáculo bater palmas,
celebrando, cheios de euforia,
cheios de emoção e de energia,
o amor pela vida,
por toda e qualquer via.
Todos procuramos
duas semelhantes vibrações,
quer as sintamos
com um só sentido,
ou também com os corações.
Todos rimamos.
Somos poetas de fusões.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
(desa)bafos quentes
Depois de tudo
aquilo que já passei
ainda me consigo achar sortudo.
Ainda me consigo sentir rei.
É certo que raínha
não tenho a meu lado.
É a enorme graínha
que me deixa engasgado.
Mas isso não será minha morte.
Só eu defino a minha sorte,
que me traçará rumo a bom norte.
Seguirei com o meu porte.
Porque o que quero
é transportar (e transbordar) amor.
Não sei porque espero
que o mundo se encha de cor.
Afinal não se pode encher
o que já se encontra cheio.
E eu apenas posso colher
aquilo que semeio.
Muito do que semeei
já deixei apodrecer.
Mas desta vez sei
o que fazer.
O Sol, que vive neste peito,
mais forte está a crescer.
Mais chamas a arder eu vejo.
Nada mais preciso para me vencer.
Tento sempre ser querido,
embora raramente me sinta por alguém.
Quero muito ser querido,
mesmo quando não quero ninguém.
Tanto amor querido,
e o meu não reservei.
Agora o sentimento querido
é amar-me como um dia amei.
E a voz que me sussura ao ouvido
nunca mais escutarei.
Agora o discurso querido
é que, para sempre, assim viverei.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Encontros
Vai aos pulos, a passear,
como em tantos outros dias,
quando vê, a passar,
a deusa das tristezas e alegrias.
Pára, atónito
sem compreender
o propósito
de a ver.
Fica-se, paralizado,
sem o conceber.
Sem pensamento formado
nem movimento iniciado.
Os neurónios atrofiam-se
com meias ideias,
e elas contrariam-se.
Só após as suas
mentais diarreias
lhe inundarem as ruas
da sua mente,
ele entende,
de repente,
uma verdade
diferente.
Na realidade
ele estava
a sonhar.
Sua deusa não era
quem ele avistava.
O seu pensar
a percepção adultera.
Mas como a pode ele achar,
se dela está à espera?
como em tantos outros dias,
quando vê, a passar,
a deusa das tristezas e alegrias.
Pára, atónito
sem compreender
o propósito
de a ver.
Fica-se, paralizado,
sem o conceber.
Sem pensamento formado
nem movimento iniciado.
Os neurónios atrofiam-se
com meias ideias,
e elas contrariam-se.
Só após as suas
mentais diarreias
lhe inundarem as ruas
da sua mente,
ele entende,
de repente,
uma verdade
diferente.
Na realidade
ele estava
a sonhar.
Sua deusa não era
quem ele avistava.
O seu pensar
a percepção adultera.
Mas como a pode ele achar,
se dela está à espera?
quarta-feira, 25 de maio de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
A viagem
A viagem que nos une...
O teu doce perfume...
Podes dizer que não é a tua pele,
mas parece-me mais suave que o mel.
E um perfume cheira
em cada um de diferente maneira...
Como hei-de adormecer,
se me sinto a endoidecer?
Este movimento que nos embala
é oposto pela proximidade da tua alma...
Aqui, do meu lado, serena.
Mas vou tentar não pensar nisso demasiado.
Quero apreciar cada minuto e cada teu bocado.
Não sei se consigo ficar parado
no pensamento, mas quero ter o cuidado
de me divertir a todo o momento.
E fazer-te sorrir será o único alimento
que desejo que me satisfaça.
Bora lá giraça!
O teu doce perfume...
Podes dizer que não é a tua pele,
mas parece-me mais suave que o mel.
E um perfume cheira
em cada um de diferente maneira...
Como hei-de adormecer,
se me sinto a endoidecer?
Este movimento que nos embala
é oposto pela proximidade da tua alma...
Aqui, do meu lado, serena.
Mas vou tentar não pensar nisso demasiado.
Quero apreciar cada minuto e cada teu bocado.
Não sei se consigo ficar parado
no pensamento, mas quero ter o cuidado
de me divertir a todo o momento.
E fazer-te sorrir será o único alimento
que desejo que me satisfaça.
Bora lá giraça!
A tempo
Tanto corres atrás dum tempo,
que não se vê e não se sente,
que sempre deixas fugir o momento...
o único que importa... presente.
Esperas por um amanhã que nunca existirá,
que nunca chegará,
que nunca à porta te baterá.
Porque sempre agora será.
que não se vê e não se sente,
que sempre deixas fugir o momento...
o único que importa... presente.
Esperas por um amanhã que nunca existirá,
que nunca chegará,
que nunca à porta te baterá.
Porque sempre agora será.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
O Ano da Fada
No início dos tempos
apenas uma fada existia.
Pairava, apanhando momentos,
cheia de graça e alegria.
Saltitava por todo o lado,
como a mais inocente menina,
e tornava o mundo encantado,
com os seus olhos de felina.
Quando ela dançava
não faltavam espectadores.
Todos ela hipnotizava...
Pessoas, animais, e até flores.
Por ela tão fascinadas...
nem as cores lhe resistiam.
E nas suas asas douradas
todas se reflectiam.
A poeira luminosa e mágica,
que suavemente emanava,
é hoje uma recordação nostálgica
de uma passado que não passava...
... Mas que passou.
Outros tempos se passaram
desde que aquela fada hibernou.
Outras histórias se contaram,
mas mais nenhuma me interessou.
Nada me parece mais belo
que o tempo em que a fada voou.
Isso posso prometê-lo.
apenas uma fada existia.
Pairava, apanhando momentos,
cheia de graça e alegria.
Saltitava por todo o lado,
como a mais inocente menina,
e tornava o mundo encantado,
com os seus olhos de felina.
Quando ela dançava
não faltavam espectadores.
Todos ela hipnotizava...
Pessoas, animais, e até flores.
Por ela tão fascinadas...
nem as cores lhe resistiam.
E nas suas asas douradas
todas se reflectiam.
A poeira luminosa e mágica,
que suavemente emanava,
é hoje uma recordação nostálgica
de uma passado que não passava...
... Mas que passou.
Outros tempos se passaram
desde que aquela fada hibernou.
Outras histórias se contaram,
mas mais nenhuma me interessou.
Nada me parece mais belo
que o tempo em que a fada voou.
Isso posso prometê-lo.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
D. Maria Pulguinha
Socialmente incorrecto
é o meu dialecto
e temos pena
se a paciência é pequena
para ouvir minhas loucas verdades.
Todos vivemos em paralelas realidades.
A maioria recheada
de indecentes decências
ou, então, mascarada
com falsas inocências.
Comportaste como se não fosse nada
mas andas bem enganada.
Até parece que queres
merecer o teu lugar no inferno
com as tantas almas que feres.
E da tua desgraça
ergues o teu governo.
És como uma traça,
a esburacar a nossa protecção.
Se calhar já andas a dar graxa
ao teu futuro patrão.
Deves andas a trabalhar
para uma suite com colchão,
ao lado da câmara de tortura
que, em tua honra, construirão.
Lá não acabará a fartura
do sofrimento que tanto amas.
Bem tento, mas não compreendo
porque queres uma casa em chamas.
Cá eu só me arrependo
de não ter começado a lutar
contigo antes de te encontrar.
Bem podes procurar abrigo.
Eu vou-te caçar.
O Diabo pode ser teu amigo.
Deus do meu lado há-de estar.
A escuridão é mais rápida que a luz,
mas esse tipo de adrenalina não me seduz.
Sou o único vidente da minha sina.
Por isso, prepara-te para a chacina.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
New Year resolutions
Anda ou desanda!
Vá!! Vamos a mexer!
Sou eu quem manda,
por isso vamos a obedecer!
Age e decide-te.
Perdoa e ultrapassa.
Ganha coragem e demite-te.
Deixa o fumo e a passa.
Traça um rumo e parte.
Larga tudo, que nada tens.
Não condenes a tua arte.
Dá mais amor às tuas mães
(e arranja algum para ti)
Encontra uma companheira.
Desfruta da vida e sorri.
Arde com a chama inteira
em tudo o que faças.
E, já que estamos numa de resoluções,
este ano, despacha-te com as passas!
Talvez as estrelas te tragam soluções...
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
In Guerras
A vida na Terra
é-nos algo exigente.
Parti para a guerra
e voltei de lá diferente.
Eu já fui feliz.
Eu era inocente.
Eu nunca quis
voltar de lá diferente.
Coisas me chocaram.
Ainda mais as que fiz.
Até santos choraram
mas que mudei ninguém diz.
Atrocidades se passaram.
Não as anseio reviver.
Até santos choraram
com as que me viram cometer.
Tenho uma fome de redenção.
Não sei como a obter.
Será sempre uma frustração
como me deixei abater.
Maldito pelotão,
e guerra, que me deixou diferente...
Eternamente descontente...
é-nos algo exigente.
Parti para a guerra
e voltei de lá diferente.
Eu já fui feliz.
Eu era inocente.
Eu nunca quis
voltar de lá diferente.
Coisas me chocaram.
Ainda mais as que fiz.
Até santos choraram
mas que mudei ninguém diz.
Atrocidades se passaram.
Não as anseio reviver.
Até santos choraram
com as que me viram cometer.
Tenho uma fome de redenção.
Não sei como a obter.
Será sempre uma frustração
como me deixei abater.
Maldito pelotão,
e guerra, que me deixou diferente...
Eternamente descontente...
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Soltas
Hoje tento ser como pedra,
de tudo em redor abstraída.
Não pensa. Não julga. Não condena.
Somente existe na vida.
Hoje quero fugir daquele robot
que, entre ímanes, viaja descontrolado.
Mais que um bocado de ferro eu sou,
mas continuo a sentir-me arrastado.
Estas forças que me impelem
baralham-me tanto as ideias...
Mas nos dias que se sucedem
serei imune até ao canto das sereias.
E todo este volume,
que sempre me sobrecarrega,
hoje vai servir de estrume
e fertilizar a calmaria que me sossega.
Pensar, mal não deveria fazer
mas, não o sabemos purificar.
Por isso, não quero os pensamentos a crescer.
Não quero os pensamentos a dominar.
Por tanto aos pensamentos dar
é que me custa tanto agir.
Se parar de pensar
talvez me consiga decidir.
Talvez pare de me convencer...
Talvez pare de me iludir
de que, para feliz ser,
preciso de te descobrir
Por isso, vai-te foder!
Estou farto de te necessitar!
Agora sou eu que me vou esconder!
Jamais me irás encontrar.
Sinto um fervor
no meu peito
sempre que te vejo.
Ó querida vida, por favor,
não me deixes deste jeito.
Não aguento tanto calor!
Dá-me lá um bom extintor!
Preciso de arrefecer
estas alucinadas ideias.
Estou a enlouquecer
com o canto das sereias.
Não sei que mais fazer
para concluir as minhas epopeias.
Todo eu já tenho teias
de, ao meu lado, nunca a ter!
E esta falta de tacto a crescer...
Quero um novo marco erguer!
de tudo em redor abstraída.
Não pensa. Não julga. Não condena.
Somente existe na vida.
Hoje quero fugir daquele robot
que, entre ímanes, viaja descontrolado.
Mais que um bocado de ferro eu sou,
mas continuo a sentir-me arrastado.
Estas forças que me impelem
baralham-me tanto as ideias...
Mas nos dias que se sucedem
serei imune até ao canto das sereias.
E todo este volume,
que sempre me sobrecarrega,
hoje vai servir de estrume
e fertilizar a calmaria que me sossega.
Pensar, mal não deveria fazer
mas, não o sabemos purificar.
Por isso, não quero os pensamentos a crescer.
Não quero os pensamentos a dominar.
Por tanto aos pensamentos dar
é que me custa tanto agir.
Se parar de pensar
talvez me consiga decidir.
Talvez pare de me convencer...
Talvez pare de me iludir
de que, para feliz ser,
preciso de te descobrir
Por isso, vai-te foder!
Estou farto de te necessitar!
Agora sou eu que me vou esconder!
Jamais me irás encontrar.
Sinto um fervor
no meu peito
sempre que te vejo.
Ó querida vida, por favor,
não me deixes deste jeito.
Não aguento tanto calor!
Dá-me lá um bom extintor!
Preciso de arrefecer
estas alucinadas ideias.
Estou a enlouquecer
com o canto das sereias.
Não sei que mais fazer
para concluir as minhas epopeias.
Todo eu já tenho teias
de, ao meu lado, nunca a ter!
E esta falta de tacto a crescer...
Quero um novo marco erguer!
Tenho uma noção de belo à parte.
Gosto de falar e de estar calado.
Tento viver a minha arte.
Estou em todo o lado,
e a rir-me deste louco fado,
como um verdadeiro Merlin.
Em cada palavra um feitiço lançado.
E é tão bom ser assim.
Só é pena viver, alucinado,
numa floresta imaginária.
Mas deve ser melhor que, frustrado,
numa selva solitária.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
"Mi scuzzi"
Desculpa lá qualquer coisinha...
Acho-te uma coisinha
linda, maluquinha,
fascinante e fofinha.
Para mim ser maluco é elogio...
E ficou aqui uma mensagem,
um desabafo, uma conversa...
Tanto na vida este doidão reprimiu...
Esta mente controversa,
por alguma, desconhecida, razão
não acredita que me julgues.
Posso-me iludir (ou não)...
Estou tão bêbado que nem sei...
mas às minhas verdades do momento me agarrei...
Talvez seja um bocado masoquista,
mas saiu-me tudo à desgarrada
(e com muito pouca linha remendada)
que nem um verdadeiro fadista.
Que se foda o mundo inteiro, agora és tu a minha pista.
Quero-te escalar (corpo, mente e espírito) como um bom alpinista.
(amanhã vou-me arrepender, mas será tarde demais)
Ainda nos vamos rir os dois destas linhas finais.
E depois!?
Somos uns anormais!?
Ainda bem!!
Ser normal é ser refém
de convencionalismos!
Não estou p'ra eufemismos!
Foda-se, bora lá fazer uns sismos
(neste mundo, doce, ao nivel q tu quiseres)
Não me vou dar bem, mas que se foda... comia-te às colheres!!
Vou ter tanta vergonha, quando acordar para a vida amanhã,
por, neste momento, ter sido tão suicida.
Por isso olha, querida,
respeita a minha mente afã.
Respeita a minha mente fodida.
Se me voltares a falar amanhã
já não foi madrugada perdida!
Dá-me o desconto (ou não)
porque não tenho cura.
Tenho uma alma impura
mergulhada (n'outra vida) em escuridão.
Ai, míuda que igual não existe,
demónia bela e atraente,
que esta conversa por aqui não se fique...
Que, de pensar em ti, até minha alma fica com tesão
Espero que, pelo menos, dê p'ra rir (tanto p'ra ti como pr'ra mim)
esta minha doideira que não vê fim...
Acho-te uma coisinha
linda, maluquinha,
fascinante e fofinha.
Para mim ser maluco é elogio...
E ficou aqui uma mensagem,
um desabafo, uma conversa...
Tanto na vida este doidão reprimiu...
Esta mente controversa,
por alguma, desconhecida, razão
não acredita que me julgues.
Posso-me iludir (ou não)...
Estou tão bêbado que nem sei...
mas às minhas verdades do momento me agarrei...
Talvez seja um bocado masoquista,
mas saiu-me tudo à desgarrada
(e com muito pouca linha remendada)
que nem um verdadeiro fadista.
Que se foda o mundo inteiro, agora és tu a minha pista.
Quero-te escalar (corpo, mente e espírito) como um bom alpinista.
(amanhã vou-me arrepender, mas será tarde demais)
Ainda nos vamos rir os dois destas linhas finais.
E depois!?
Somos uns anormais!?
Ainda bem!!
Ser normal é ser refém
de convencionalismos!
Não estou p'ra eufemismos!
Foda-se, bora lá fazer uns sismos
(neste mundo, doce, ao nivel q tu quiseres)
Não me vou dar bem, mas que se foda... comia-te às colheres!!
Vou ter tanta vergonha, quando acordar para a vida amanhã,
por, neste momento, ter sido tão suicida.
Por isso olha, querida,
respeita a minha mente afã.
Respeita a minha mente fodida.
Se me voltares a falar amanhã
já não foi madrugada perdida!
Dá-me o desconto (ou não)
porque não tenho cura.
Tenho uma alma impura
mergulhada (n'outra vida) em escuridão.
Ai, míuda que igual não existe,
demónia bela e atraente,
que esta conversa por aqui não se fique...
Que, de pensar em ti, até minha alma fica com tesão
Espero que, pelo menos, dê p'ra rir (tanto p'ra ti como pr'ra mim)
esta minha doideira que não vê fim...
sábado, 3 de julho de 2010
Não é real.
Talvez nada seja...
É uma ilusão sem igual,
mesmo que ninguém o veja.
É assim que vivemos,
numa realidade ilusória,
porque nada percebemos.
Afundados numa irrealidade notória,
num pesadelo, numa ilusão,
que aceitámos sem questionar.
Precisamos de dar fim a esta maldição.
Precisamos de nos libertar.
Como ainda não descobri...
Ao menos do problema já me apercebi...
Talvez nada seja...
É uma ilusão sem igual,
mesmo que ninguém o veja.
É assim que vivemos,
numa realidade ilusória,
porque nada percebemos.
Afundados numa irrealidade notória,
num pesadelo, numa ilusão,
que aceitámos sem questionar.
Precisamos de dar fim a esta maldição.
Precisamos de nos libertar.
Como ainda não descobri...
Ao menos do problema já me apercebi...
This is the sound I make.
It's my word. It's my phrase.
It's the song I want to praise.
It's the wave I create.
It's my crown. It's my fate.
Gladly sworn to be a grave.
I'm bound to it like a slave...
At least 'til I have found that which I crave.
It's the only spell I have mastered.
The only tell that ever really mattered.
It's the hottest hell my soul has battled
and it fell when that part of me was battered.
So, even if you can't hear about how I feel,
I'm still here and I'm for real.
I'm neither your seer nor your meal.
But, when you're near, it's hard to resist the appeal.
It's my word. It's my phrase.
It's the song I want to praise.
It's the wave I create.
It's my crown. It's my fate.
Gladly sworn to be a grave.
I'm bound to it like a slave...
At least 'til I have found that which I crave.
It's the only spell I have mastered.
The only tell that ever really mattered.
It's the hottest hell my soul has battled
and it fell when that part of me was battered.
So, even if you can't hear about how I feel,
I'm still here and I'm for real.
I'm neither your seer nor your meal.
But, when you're near, it's hard to resist the appeal.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
naturaL
Nada me traz alegria mais pura
do que ver a vida a viver,
como pombos a voar, e avestruzes a correr.
Ou como contemplar a nossa, clara ou escura,
cúpula celeste, que sempre nos inspirou.
Sei que sempre me fascinou.
Sempre me esmoreceu a amargura
até que só a alegria dominou.
E o meu ser, assim, sempre voou.
A natureza é-me como uma frescura,
que me renova só de a ver.
É a mãe que nos deu o dom de viver.
É ela que nos cura.
Finalmente o consegui compreender.
E, agora, um seu instrumento quero ser.
Quando algo parece que me tortura
tento-me lembrar que ela o ordenou.
É graças às suas lições que sou...
Vou demonstrar gratidão com ternura,
honrar tudo o que me ensinou
e retribuir o amor que sempre demonstrou.
Com toda a abertura,
e de braços abertos, espero receber
a próxima lição que tenho para aprender...
...que preciso para vencer...
Dias cinzentos
O sol escondeu-se
e apareceu mais um dia cinzento.
Não sei quantos mais eu aguento...
O meu calor, a minha luz perdeu-se.
Mais um dia que enfrento
sem energia, sem alento...
Mas eu sou uma pessoa!
Não sou um painel solar!!
Mesmo se a minha alma não voa
também não a deveria enterrar!
Mesmo sem o sol, e a sua energia,
não se deveria desvanecer a minha alegria.
E não consigo parar de pensar
em como odeio o egoísmo.
Mas também o tenho. Nisso não consigo desacreditar.
Estou cansado de todo este cinismo
e a ele não me quero render,
mas os mesmos erros continuo a cometer.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Um sonho tresvariado
A tua mente
vive um sonho bem diferente
de o de toda a gente.
Cada um sonha no seu.
De certeza que o teu
é bem diferente do meu.
Não há dois sonhos iguais...
E ainda criamos mais.
Sonhamos um novo sonho juntos.
Os relacionamentos são sonhos conjuntos.
É termos os corações adjuntos.
É criarmos uma nova energia,
fundindo as nossas. É a magia
da vida, fluindo por mais uma via.
Os sonhos mais belos quero viver.
Acima de tudo, é o que desejo fazer.
Agora, vou domar a vontade até se render.
Até florescer a semente,
que tento plantar nesta mente,
e uma árvore feita de amor se erguer.
E dos seus frutos me vou alimentar,
para ter a força de, os mais belos sonhos, criar
contigo, comigo, com tudo o que me rodear...
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