terça-feira, 4 de janeiro de 2011

D. Maria Pulguinha

Socialmente incorrecto
é o meu dialecto
e temos pena
se a paciência é pequena
para ouvir minhas loucas verdades.
Todos vivemos em paralelas realidades.
A maioria recheada
de indecentes decências
ou, então, mascarada
com falsas inocências.
Comportaste como se não fosse nada
mas andas bem enganada.
Até parece que queres
merecer o teu lugar no inferno
com as tantas almas que feres.
E da tua desgraça
ergues o teu governo.
És como uma traça,
a esburacar a nossa protecção.
Se calhar já andas a dar graxa
ao teu futuro patrão.
Deves andas a trabalhar
para uma suite com colchão,
ao lado da câmara de tortura
que, em tua honra, construirão.
Lá não acabará a fartura
do sofrimento que tanto amas.
Bem tento, mas não compreendo
porque queres uma casa em chamas.
Cá eu só me arrependo
de não ter começado a lutar
contigo antes de te encontrar.
Bem podes procurar abrigo.
Eu vou-te caçar.
O Diabo pode ser teu amigo.
Deus do meu lado há-de estar.
A escuridão é mais rápida que a luz,
mas esse tipo de adrenalina não me seduz.
Sou o único vidente da minha sina.
Por isso, prepara-te para a chacina.

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