sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tento viver um dia
depois de um dia,
mas não consigo.
Ai tempo! E eu que te achava amigo...
Sento-me numa sala vazia
onde o meu amor jamais caberia
e deixo-o à porta.
Ai cabeça! Que és tão torta...
Desconhecendo o futuro vizinho
vou apreciando estar sozinho
e vou fazendo girar o meu moinho.
Ai que mentirosas verdades!
Que dolorosas saudades
das horrorosas beldades
que, temo, não me temem...
E, mesmo que vá ao extremo,
cenas não acontecem.
E coisas obscenas nesta tola
não se acometem.
Apenas me derretem,
com um fervor ardente
que me assola o peito,
me recusa uma linha de pensamento direito
e me usa para meu desproveito.
Ai mente dormente!
Pára de me fazer frente,
que eu fico sem jeito...