domingo, 19 de fevereiro de 2012

Viva o rei sem coroa!
Seu corpo enterrado
enquanto sua mente voa.
Aprisionado
em seu sono,
e em seus sonhos,
nem de si é dono.
É refém de pesadelos medonhos
que, em unísono,
o matam, o moem.
Não se acabam. Não se destroem.
Apenas o corroem...
E, pouco a pouco,
vai-se sentindo mais e mais oco.
Tão lindo... tão louco...
Viva o rei sem coroa!
Prestai vassalagem
a essa arte tão boa
de fingir que não se tem bagagem.
De fingir que se é um todo.