terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Mi scuzzi"

Desculpa lá qualquer coisinha...
Acho-te uma coisinha
linda, maluquinha,
fascinante e fofinha. 
Para mim ser maluco é elogio...
E ficou aqui uma mensagem,
um desabafo, uma conversa...
Tanto na vida este doidão reprimiu...
Esta mente controversa, 
por alguma, desconhecida, razão
não acredita que me julgues.
Posso-me iludir (ou não)...
Estou tão bêbado que nem sei...
mas às minhas verdades do momento me agarrei...
Talvez seja um bocado masoquista,
mas saiu-me tudo à desgarrada
(e com muito pouca linha remendada)
que nem um verdadeiro fadista.
Que se foda o mundo inteiro, agora és tu a minha pista.
Quero-te escalar (corpo, mente e espírito) como um bom alpinista.
(amanhã vou-me arrepender, mas será tarde demais)
Ainda nos vamos rir os dois destas linhas finais.
E depois!? 
Somos uns anormais!?
Ainda bem!!
Ser normal é ser refém
de convencionalismos!
Não estou p'ra eufemismos!
Foda-se, bora lá fazer uns sismos
(neste mundo, doce, ao nivel q tu quiseres)
Não me vou dar bem, mas que se foda... comia-te às colheres!!

Vou ter tanta vergonha, quando acordar para a vida amanhã,
por, neste momento, ter sido tão suicida.
Por isso olha, querida,
respeita a minha mente afã.
Respeita a minha mente fodida.
Se me voltares a falar amanhã
já não foi madrugada perdida!

Dá-me o desconto (ou não)
porque não tenho cura.
Tenho uma alma impura
mergulhada (n'outra vida) em escuridão.
Ai, míuda que igual não existe,
demónia bela e atraente,
que esta conversa por aqui não se fique...
Que, de pensar em ti, até minha alma fica com tesão

Espero que, pelo menos, dê p'ra rir (tanto p'ra ti como pr'ra mim)
esta minha doideira que não vê fim...

Sem comentários: