domingo, 1 de novembro de 2009

Aqui vem uma história da nossa cidade,
Lisboa, a nossa capital,
e garantimos que tudo é verdade,
mesmo que não acreditem em tal.
Lá vivem uns rapazes
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.
Começamos pelo Abreu,
bom amigo, digo-o eu.
Charros bem os sabe fazer
mas é marado e já viu um charro a correr.
Logo atrás vem o Parente
que também enrola para o pessoal.
É bom amigo, diz a gente,
mas não sabemos o que dizer de mal.
De seguida vem o Zézinho
que tem a sua apaixonada,
ela deixa-o todo atrofiadinho
mas ele merece bem o amor da sua amada.
Lá vivem uns rapazes,
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.
Depois temos o André
que tem um grande motão.
Ele tem a mania que anda bué
mas está sempre a cair para o chão.
A seguir temos o Marquinho
que é um grande charrado,
ri-se que nem um maluquinho
porque fica atrofiado.
Não esquecendo o Ventura
que anda sempre fechado em casa
pois tem uma grande abertura
e, quando chega a hora, ele dá o baza.
Lá vivem uns rapazes
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.
O David e o Miguel juntos estão sempre
e têm a mania que bem sabem cantar
mas não cantam como a gente
e a ratada lhes estamos a dar.
O Moto-Rato, amigo do coração,
viajou para outro lado
e, armado em espertalhão,
acabou a embalar salmão fumado.
Para o final deixámos o Ruben
que, de todos, é o pior.
Tem os neurónios cheios de ferrugem
e a fazer merda é o maior.
Lá vivem uns rapazes
que todas as noites se juntam
e, juntos, de tudo são capazes
e muitas e muitas ganzas fumam.

Ontem andava a vasculhar as minhas tralhas e encontrei esta canção, que escrevi com a ajuda de alguns dos mencionados (e o Abreu era o guitarrista de serviço). Foi escrita, mais ou menos, há 9 anos atrás, se a memória não me falha.

2 comentários:

Remy disse...

Muito bom mano :D

sofya disse...

quando se vasculha nas tralhas que fomos acumulando ao longo dos anos encontramos sempre pedaços das nossas vivências =)