segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lá vai mais um condenado
a caminhar para a forca...
Não se ouvem vozes ensurdecedoras a gritar "Coitado!"
Não se ouve sequer uma voz rouca...
Ele vai solitário naquela estrada,
naquele caminho escuro como breu,
e vai como um cego, não vê nada!
Vai com o olhar no chão e não no céu.
Nada lhe ilumina o caminho.
Até a luz ao fundo do túnel é inexistente.
Na escuridão caminha sozinho
sem ver salvação aparente.
No seu caminho vai com um peso invisível,
que o faz curvar perante a vida,
e livrar-se dele é aparentemente impossível.
Talvez se ele conseguir chegar à subida...
Mas não encontra com quem partilhar o seu fardo
e ele sente-se fatigado.
Faltam-lhe forças para andar mais um bocado
e fica a meio do caminho, abandonado...

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