quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Caminhada

Ainda não consegui compreender
porque é que não me apetece parar.
Vou, de fones nos ouvidos, bem acelerado a andar
e por vezes só paro quando não tiver mais forças para me mexer
ou me faltar o ar.
Nem sei bem o porquê de não querer parar.
Talvez porque ouvi algures que parar é morrer,
porque, ao sentir o coração
a bater forte no meu peito
ao ritmo da música e dos seus compassos
e ao ritmo dos meus passos,
sinto-me vivo e a viver.
E parar é que eu não
paro, nem que fique todo desfeito.
 E por isso, todos o dias, todo o dia,
aí vou eu a andar, quase que a correr,
mais a música e a sua magia,
que de energia não pára de me encher.
Não sei se de algo andarei a fugir
mas sei que quero esta caminhada.
Quero-me fazer à estrada,
deixar de olhar para trás
e nunca parar.
Quero ir sempre a fitar
o que há de vir
com a música bem alta, neste meu mundo que de conta se faz.

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