Quando o sol se vai
e a noite cai
a cidade ganha uma energia
tão maravilhosa que parece magia.
As ruas estão mais iluminadas
e as casas enfeitadas
com Pais Natal a trepar janelas
e com luzes azuis, brancas ou amarelas.
As crianças sonham constantemente
com o que lhes vão dar brevemente.
Nota-se um brilho diferente nos seus olhos.
Oxalá recebam o que desejam, e aos molhos!
As pessoas andam mais apressadas,
provavelmente, muito stressadas,
porque, frequentemente, deixam as compras por fazer.
Agora estão em espera ou a correr...
Carregam sacos coloridos
e embrulhos, animados ou floridos,
com várias cores e tamanhos.
Alguns até com formatos estranhos...
E também nas pastelarias
andam todos em correrias.
Há que (bem) aproveitar
a boa altura para facturar.
Nos balcões e nas montras
toda a doçaria da época encontras.
Só alguns te deixam água na boca,
mas a variedade nem é pouca.
As lojas enchem-se de neve artificial
e outras decorações alusivas ao Natal.
Estão cheias de artigos fofinhos
É pena os preços não serem mais baixinhos!
Brevemente as famílias reúnem-se.
Pelo menos algumas, porque outras escondem-se.
Enfim.. Os conflitos humanos são normais
mas estristece-me não lhes darem férias nos Natais.
Até o Natal consegue ser triste
quando deve ser feliz...
E se o Pai Natal não existe
é, apenas, porque não deixou um aprendiz.
Nesta época de paz
raro é quem olhe pr'a frente e não pr'a trás.
Sinto uma frieza inatural
mas vou tentar não pensar nisso. É Natal...
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