quarta-feira, 2 de junho de 2010

Luas e marés

Uma lágrima perdida,
se é que isso existe.
Uma lágrima esquecida,
que, num mar, persiste...
Numa maré, de lágrimas,
dum oceano, de lástimas...
Uma lágrima evaporada,
que não deixa de ter sido criada.
E o vapor, aos céus, sobe...
Desaparece, mas não some...
Um suspiro abafado
por um momento encalorado.
Um coração, febrilmente, aquecido
mas, friamente, nunca esquecido
de que a felicidade também é triste...
É a maré que nunca desiste.
Luas e marés...
Verdades cruas e infiéis.
Mas não fiquei a apanhar bonés!
Uma paisagem nova pinto com meus pincéis.

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