quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tresvariando (sempre e com muito gosto)

A aproximação do Verão
ferve-me o sangue e o coração.
Tanta gaja linda e boa...
E nenhuma voa
na minha direcção!
Nenhuma poisa
na minha mão.
Mas que coisa...
Que frustração!
Tudo porque nem ouso
deixar-lhes o meu olhar
ou oferecer-lhes sequer uma palavra.
Talvez quando não me deixar dominar
pela mente, e a tornar minha escrava,
consiga perder-me dos meus medos
e descobrir todos os seus segredos.
E até sem muita conversa...
mas mantendo a personalidade controversa!
Talvez, então, consiga partir
numa aventura antes de desistir
e fazer da vida o meu parque de diversões.
Quero iniciar tão ansiadas explorações...
Não quero continuar atracado
por acabar a pensar demasiado.
Quero sentir-me pacificado
e extasiado
por ter, finalmente, explorado
e desbravado
cada bocado
da minha mente.
E quero conhecer a tua igualmente.
Quero explorar
cada centímetro da tua pele.
Quero-te provar
com chocolate, chantilli ou mel.
Mesmo que sejas doce o suficiente
eu sou muito guloso.
Contigo quero brincar, estar contente
e partilhar um mundo mais amoroso.
Ó anjo que teimas em não cair
perto de mim! Estou quase a desistir
(por fim!) de, por ti, esperar .
Qualquer dia desato aos tiros para o ar
na esperança de te acertar!
Nunca te quis caçar,
mas sempre te quis encontrar.
Muito te quero abraçar
mas, demasiado, não te quero apertar.
Quero deixar-te voar...
...
Que maldição és, romance, que não sais de mim!
Mas porque sou eu assim?

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