sexta-feira, 12 de março de 2010

O voo da borboleta

Havia uma borboleta
com asas de cor cinzenta. 
Nos seus sonhos era selecta 
Pelo seu concretizar estava sedenta. 
Muito sonhava 
(em) ter as asas doutras cores. 
Muito farta estava 
do cinzento e (dos) seus dissabores. 
Aquelas asas culpava 
por ter perdido (os) seus amores. 
Numa mudança acreditava 
se fosse bela como as flores. 
Mas a borboleta não voava, 
porque tinha medo de se magoar. 
Tão frágil se encontrava, 
que não era capaz de (o) tentar.
As cores que tanto desejava
não era (sequer) capaz de alcançar.
A coragem (de) que precisava
não era capaz de (a) ganhar.
E assim a borboleta estava
quando no céu reparou.
Uma das cores que ansiava
ela, por fim, alcançou.
A borboleta cinzenta continuava,
mas azul se imaginou.
Umas das cores que desejava
assim (a) ganhou.
Passado um momento
a borboleta estava muito colorida.
 Cheia de cor e contentamento,
aos ares fez (a) sua subida.

Sem comentários: